De acordo com a Moody’s, o mercado imobiliário global deve entrar em um processo de estabilização gradual em 2026, sustentado pela redução das taxas de juros e um crescimento econômico moderado. No entanto, a agência alerta para a inadimplência elevada e a vacância persistente, que continuam a ser preocupações significativas para o setor. Além disso, a recuperação não será uniforme, com diferentes segmentos e regiões enfrentando desafios únicos.
O relatório também destaca que, nos Estados Unidos, a combinação de juros mais baixos e uma desaceleração econômica moderada pode ajudar os mutuários a refinanciar suas dívidas, mas a previsão de perdas de empregos pode afetar a demanda por imóveis comerciais. Na Europa, a recuperação é considerada frágil, com condições de mercado variando entre países como Itália, Espanha e Reino Unido, que devem apresentar melhora, enquanto Alemanha e França enfrentam dificuldades. O cenário na Ásia-Pacífico é igualmente diverso, refletindo diferentes dinâmicas econômicas em países como Austrália, Japão e China.
A transformação digital e os riscos climáticos também são abordados no relatório, com a Moody’s observando que a demanda por data centers deve crescer, embora os investidores enfrentem limitações. Apesar dos desafios climáticos, os impactos diretos sobre o desempenho do mercado imobiliário nos EUA devem ser mitigados pela diversificação geográfica. O Brasil, embora mencionado, não é o foco principal, mas apresenta uma projeção de crescimento do PIB de 2% para 2026.

