Nesta quinta-feira, 18 de dezembro, o mercado financeiro brasileiro enfrentou uma sessão volátil, marcada pela reavaliação das taxas de juros após a divulgação do Relatório de Política Monetária do Banco Central. O tom conservador do BC e preocupações com o cenário eleitoral levaram a uma abertura generalizada dos juros futuros, embora os ânimos tenham se acalmado à tarde, especialmente após declarações do presidente da instituição, que foram interpretadas como mais dovish do que o esperado.
No contexto político, a entrevista do presidente nacional de um partido relevante e líder do Centrão indicou que um governador de estado ainda é considerado um potencial candidato à presidência em 2026. Além disso, a redução nos rendimentos dos Treasuries americanos, em resposta aos dados de inflação, também aliviou a pressão sobre as taxas locais. Os dados do Relatório de Política Monetária apontam que as expectativas inflacionárias, embora tenham caído, ainda permanecem acima do centro da meta estabelecida pelo governo.
As declarações do presidente do Banco Central ressaltaram uma postura dependente de dados, embora tenha deixado em aberto a possibilidade de futuras decisões sobre a Selic. A manutenção das taxas foi vista como um sinal de que não há cortes iminentes, enquanto as expectativas do mercado para a trajetória da Selic permaneceram inalteradas. O clima de cautela e a possibilidade de novas discussões sobre as taxas podem moldar o cenário econômico nos próximos meses.