O mercado financeiro revisou sua previsão para a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,45% para 4,43% para o ano de 2025. O ajuste foi anunciado no boletim Focus do Banco Central, publicado na última segunda-feira, e também inclui estimativas para anos seguintes, como 4,17% para 2026 e 3,8% e 3,5% para 2027 e 2028, respectivamente.
A recente queda na inflação é atribuída à redução nas tarifas de energia, resultando em um índice de 0,09% em outubro, o mais baixo desde 1998. Apesar desse resultado positivo, a inflação acumulada em 12 meses ainda está em 4,68%, acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa situação evidencia a necessidade de monitoramento atento das políticas econômicas em um cenário de desaceleração.
O Banco Central mantém a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, como principal ferramenta para controlar a inflação. Embora tenha mantido a Selic pela terceira vez consecutiva, a instituição não descarta a possibilidade de novos aumentos, dependendo das condições econômicas. A expectativa é que a Selic comece a cair gradualmente a partir de 2026, mas com a inflação ainda acima da meta, os juros devem permanecer altos por um tempo considerável.

