Nos últimos anos, o mercado imobiliário de alto padrão no Brasil tem se espalhado para cidades médias e pequenas, especialmente nos litorais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre janeiro e setembro de 2025, o litoral catarinense movimentou 16,3 bilhões de reais, um volume comparável ao de São Paulo, destacando a crescente demanda por imóveis de luxo em áreas menos urbanizadas.
A cidade de Itapema, com pouco mais de 75 mil habitantes, já apresenta o segundo metro quadrado mais caro do país, com uma valorização de 10% nos últimos doze meses. O perfil dos compradores tende a ser de empresários e investidores que buscam residências de alto padrão, como o Edify One, que oferece apartamentos de até 40 milhões de reais. Este fenômeno indica uma mudança nas preferências por imóveis, com uma clientela cada vez mais diversificada em regiões antes menos valorizadas.
Além dos litorais, o interior do Brasil também começa a se destacar, como em Goiás, onde o mercado de luxo já representa 5,9% do total nacional. Cidades como Rio Verde e Itumbiara atraem investidores em busca de imóveis de lazer, impulsionados pela força do agronegócio e pela melhoria da infraestrutura. Essa mudança sinaliza uma nova era no mercado imobiliário brasileiro, caracterizada por uma diversidade geográfica e de perfis de compradores.