André Armaganijan, executivo-chefe da Marcopolo, afirmou que a indústria brasileira sofre com juros altos há décadas, o que eleva os custos de crédito e prejudica a competitividade. Atualmente, quem compra ônibus no Brasil enfrenta taxas de 20% ao ano, além de desafios logísticos, como a infraestrutura portuária insuficiente que limita a exportação. Armaganijan argumenta que é essencial melhorar as condições para a indústria nacional, sem fechar o mercado, mas sim oferecendo um ambiente mais competitivo.
O executivo comparou a situação brasileira com a do Chile, onde os ônibus chineses têm conquistado mercado devido a preços mais baixos, possibilitados por subsídios. Ele defendeu que a qualidade dos produtos brasileiros é alta, mas a competitividade deve ser aprimorada para não perder vendas no exterior. A Marcopolo, enquanto isso, tem visto crescimento em sua receita internacional, especialmente na América Latina e África, buscando se proteger contra incertezas econômicas.
Além disso, a Marcopolo planeja iniciar suas vendas na Europa entre o final de 2026 e o início de 2027, mostrando um movimento estratégico em direção à diversificação de mercados. A abordagem do executivo ressalta a importância de políticas públicas que estimulem a indústria e a competitividade nacional. Assim, a empresa se posiciona não apenas para enfrentar os desafios internos, mas também para competir em um cenário global cada vez mais exigente.

