Marcola e líderes do PCC são absolvidos em processo que prescreveu

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram absolvidos em um processo penal que se arrastou por 12 anos, culminando na declaração de prescrição das acusações. O juiz Gabriel Medeiros, da 1.ª Vara de Presidente Venceslau, reconheceu que o prazo para a punição dos réus havia expirado, após um trâmite caracterizado por atrasos e complexidades processuais.

A denúncia original, que envolveu 175 réus, baseou-se em uma legislação que não acompanhou a evolução dos métodos do crime organizado. As dificuldades para localizar os réus e a burocracia judicial comprometeram o andamento do processo, permitindo que a maioria dos acusados não fosse intimada adequadamente. Além disso, a tipificação do crime como quadrilha ou bando, uma terminologia já defasada, contribuiu para a fragilidade da acusação, resultando em penas mais brandas.

As implicações dessa decisão são significativas, levantando debates sobre a efetividade do sistema judiciário frente ao crime organizado. O promotor Lincoln Gakiya, que liderou a investigação, ainda considera a possibilidade de recorrer da prescrição, embora reconheça que o caso ajudou a elucidar o funcionamento do PCC no tráfico de drogas. A absolvição de líderes da facção ressalta desafios persistentes na luta contra a criminalidade no Brasil.

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