Mais de 66 mil clientes na Grande São Paulo continuam sem energia elétrica neste domingo (14), quatro dias após uma ventania provocada por um ciclone extratropical. A concessionária Enel informou que o serviço seria restabelecido, mas até agora 0,78% dos consumidores atendidos ainda estão sem luz. No auge da crise, cerca de 2,2 milhões de clientes foram afetados, com ventos que chegaram a 98 km/h derrubando mais de 300 árvores sobre a rede elétrica.
As equipes da Enel estão mobilizadas nas ruas para restaurar o fornecimento de energia, mas a situação gerou uma resposta rápida da Justiça. Neste sábado (13), um juiz estabeleceu um prazo de 12 horas para que a empresa religasse a energia em São Paulo e municípios vizinhos, sob risco de multa de R$ 200 mil por hora. Além disso, o Ministério de Minas e Energia advertiu que a Enel poderá perder a concessão se não cumprir os índices de qualidade e as obrigações contratuais que lhe são exigidos.
A situação crítica evidencia a fragilidade da infraestrutura elétrica na região, levantando preocupações sobre a capacidade da Enel em lidar com emergências. Com a pressão das autoridades, a expectativa é que a empresa tome medidas imediatas para solucionar o problema. O desdobramento dessa situação poderá repercutir não apenas na operação da Enel, mas também na confiança dos consumidores em serviços essenciais.

