Em uma reunião ministerial, o presidente francês Emmanuel Macron expressou sua intenção de se opor firmemente ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, caso a votação seja imposta. Macron afirmou que a França não aceitará esse tipo de pressão, ressaltando que as três condições que seu governo estipulou não foram atendidas até o momento.
Entre as exigências da França estão salvaguardas contra flutuações de preços e importações de produtos agropecuários da América do Sul, a proibição de mercadorias que contenham pesticidas e aditivos proibidos na UE, e a implementação de controles fitossanitários nos países exportadores. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, planeja visitar o Brasil para formalizar o acordo, que tem potencial para criar a maior área de livre comércio do mundo.
Entretanto, a oposição de nações como França, Itália e Polônia levanta dúvidas sobre a viabilidade da votação do tratado, que requer a aprovação de pelo menos 15 dos 27 membros da UE, representando 65% da população do bloco. Diante desse cenário, a votação do acordo pode ser adiada para 2026, conforme solicitado por Macron, em resposta às pressões do setor agrícola francês.

