O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no Palácio do Itamaraty em Brasília, pediu ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão) que avalie a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho no Brasil, propondo o fim da escala 6×1. Ele criticou a discrepância entre o aumento da produção devido à tecnologia e a qualidade de vida dos trabalhadores, questionando por que as melhorias não se traduzem em jornadas mais curtas. Lula argumentou que a redução da jornada, de 44 para 40 horas semanais, não traria prejuízos significativos ao mundo do trabalho.
O Conselhão, composto por membros de diversos setores, incluindo empresários e sindicalistas, é um órgão consultivo do presidente. Durante a reunião, Lula também abordou a necessidade de um combate mais eficaz ao feminicídio e à pedofilia, ressaltando a urgência de propostas que endureçam as penalidades contra esses crimes. Ele citou um caso recente de violência em São Paulo para exemplificar a gravidade da situação, clamando por ações mais contundentes para proteger as mulheres.
Além das questões relacionadas ao trabalho e à violência, Lula aproveitou o encontro para discutir temas econômicos, questionando a visão negativa sobre investimentos em áreas sociais. O presidente defendeu a importância de ver gastos com saúde e educação como investimentos no futuro do país, reiterando que o Brasil, como a oitava maior economia do mundo, não pode ser limitado por discursos sobre déficit fiscal. Ele encerrou destacando que as disparidades sociais precisam ser abordadas com seriedade e comprometimento.