Durante a Cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que enfrentar o crime organizado é uma das principais prioridades do bloco. Composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, o Mercosul deve agir de forma unificada, independentemente das ideologias políticas dos governos. Lula enfatizou que o enfraquecimento das instituições democráticas contribui para a proliferação de atividades ilícitas na região.
O presidente também mencionou diversas ações em curso entre os países sul-americanos, como a criação de uma instância especializada em políticas contra drogas e um grupo de trabalho focado na recuperação de ativos vinculados ao crime. Ele destacou a necessidade de regulamentação dos ambientes digitais para proteger crianças e adolescentes e anunciou uma reunião internacional com ministros de segurança para discutir o fortalecimento da cooperação sul-americana. Lula reiterou que a segurança pública é um direito do cidadão e um dever do Estado.
Além do crime organizado, Lula abordou a grave questão da violência de gênero, revelando que a América Latina é a região mais letal do mundo para mulheres. Ele enviou um acordo ao Congresso Nacional que visa garantir proteção a mulheres em todo o Mercosul e propôs um pacto para combater o feminicídio. O presidente também alertou sobre o risco de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, afirmando que isso poderia resultar em uma catástrofe humanitária para a região e comprometendo a estabilidade democrática na América do Sul.

