O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia a aquisição de um novo avião presidencial, motivado por pelo menos três episódios de risco durante voos oficiais. No entanto, a proposta enfrenta desafios significativos, como o elevado custo estimado entre R$ 1,4 bilhão e R$ 2 bilhões, além do receio de desgaste político em um ano eleitoral. Aliados do presidente já expressaram preocupações sobre a viabilidade da compra neste contexto.
A insatisfação de Lula e da primeira-dama, Janja, com as limitações da atual aeronave impulsiona essa consideração. O presidente busca um equipamento que ofereça maior autonomia, espaço para reuniões e comodidades adequadas para viagens internacionais. Contudo, a escassez de aeronaves que atendam a esses requisitos no mercado internacional pode prolongar o processo de aquisição, que envolve licitações e a consulta a corretores especializados.
As implicações dessa decisão se estendem para o orçamento da Defesa, que já enfrenta restrições financeiras. O ministro da Defesa, José Múcio, defende um aumento significativo no orçamento para a área, que já está sob pressão. A eventual compra do novo avião presidencial pode competir por recursos com outras prioridades na Defesa Nacional, complicando ainda mais o cenário político e orçamentário para o governo.