O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente apresentou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma proposta de cooperação estratégica focada em inteligência para o combate ao crime organizado e ao narcotráfico. A conversa, que ocorreu em 2 de dezembro de 2025, teve a duração de cerca de 40 minutos e foi marcada pela defesa de Lula de uma abordagem que não envolvesse operações armadas, mas sim a troca de informações entre os países.
Durante uma entrevista após a ligação, Lula destacou a necessidade de utilizar a inteligência dos países vizinhos e dos Estados Unidos para fortalecer a repressão às facções criminosas. Ele afirmou que a integração de informações seria suficiente para enfrentar o narcotráfico e outras atividades ilícitas, sem a necessidade de intervenções bélicas. Essa postura reflete uma estratégia mais ampla do governo brasileiro em mostrar sua capacidade de combate ao crime, especialmente em um momento em que a oposição critica sua abordagem de segurança.
A proposta de Lula também se insere em um contexto mais amplo de preocupações sobre as ações militares dos EUA na América Latina, especialmente com a designação de grupos criminosos como terroristas. O governo brasileiro está atento a essas movimentações e procura evitar que a situação seja utilizada como justificativa para intervenções unilaterais na região. Essa aliança proposta pode ter repercussões significativas tanto para a segurança interna do Brasil quanto para as relações diplomáticas com os Estados Unidos.