O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua insatisfação com a estagnação nas negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, afirmando que, sem a assinatura imediata, o tratado pode ser descartado durante sua gestão. Durante uma declaração feita no dia 16, Lula mencionou a resistência de países como França e Itália, que, segundo ele, estão motivados por questões políticas internas e têm dificultado o progresso das discussões.
O impasse tem gerado divisões dentro da União Europeia, onde enquanto países como Alemanha e Espanha pressionam por uma rápida aprovação do acordo, a França e seus aliados expressam preocupações sobre os riscos envolvidos. O tratado, se assinado, criaria a maior zona de livre comércio do mundo, beneficiando ambos os lados, mas o tempo se torna um fator crítico, com um prazo até o final do ano que pode comprometer as negociações.
As autoridades europeias alertam que a não assinatura do acordo até a data estipulada pode desmantelar anos de esforços diplomáticos. Com a mudança na presidência rotativa da UE se aproximando, há receios de que os novos líderes não priorizem o tratado, o que pode levar ao seu eventual colapso e a uma reavaliação das estratégias comerciais entre os blocos.

