O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que se comunicou com a primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, para discutir a assinatura do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Durante a conversa, realizada no dia 18 de dezembro de 2025, Meloni expressou dificuldades políticas internas e solicitou um prazo de até um mês para concluir as negociações. Lula destacou que representantes da União Europeia haviam assegurado que o pacto seria assinado ainda neste ano, em 20 de dezembro.
Lula observou que Meloni não se opõe ao acordo, mas enfrenta resistência de agricultores italianos, e demonstrou otimismo quanto à capacidade dela de convencê-los. Ele também mencionou que, apesar de já estarem resolvidos os termos do Mercosul, as posições contrárias da França e da Itália dificultam o avanço. O presidente do Brasil enfatizou a importância do acordo, que ele acredita ser benéfico para ambas as partes, e que qualquer atraso poderia comprometer futuros entendimentos comerciais.
O cenário para a assinatura do acordo tornou-se incerto após as declarações de líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, que pediu um adiamento. Lula reiterou que, se o acordo não for assinado agora, ele não buscará novas negociações enquanto estiver no cargo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considera a conclusão do acordo de vital importância, mas a situação política atual na Europa gera incertezas quanto ao desfecho das negociações.

