LDO Define Meta de Inflação de 3,5% para 2026, mas Desafios Persistem

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

A proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece uma ambiciosa meta de inflação de 3,5% para o ano de 2026, gerando debates acalorados entre especialistas. Durante a análise, economistas como André Braz, da FGV Ibre, e Victor Borges, da Manchester Investimentos, discutem a viabilidade dessa meta em um ano eleitoral, onde a pressão para aumentar os gastos pode ser significativa.

André Braz afirma que, apesar dos desafios, a meta é possível, mas alerta para os riscos associados à demanda em um período eleitoral, onde o governo tende a aumentar os gastos. Ele observa que o cenário para 2025 foi surpreendentemente positivo, com uma expectativa de inflação abaixo de 4%, e que a taxa Selic mantida poderá ajudar a controlar a inflação. No entanto, a ampliação da isenção do Imposto de Renda pode aumentar a renda disponível das famílias, gerando pressões inflacionárias adicionais.

Por outro lado, Victor Borges destaca que a estrutura da LDO permite ao governo operar no piso das metas fiscais, o que pode aumentar a incerteza quanto aos efeitos inflacionários. Ele enfatiza que a execução das emendas e recursos previstos será crucial, especialmente em um ano eleitoral, e que a resistência de prefeitos e parlamentares a gastos imediatos será testada. Ambos os economistas concordam que, para alcançar a meta de 3,5%, será necessária uma disciplina fiscal rigorosa em um ambiente propenso a gastos excessivos.

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