Juristas criticam ação de Toffoli em inquérito do Banco Master

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, tem sido alvo de críticas por sua decisão de convocar uma acareação no inquérito sobre irregularidades no Banco Master, agendada para 30 de dezembro. Advogados e especialistas em direito econômico veem a medida como ‘abusiva’ e ‘prematura’, destacando que a convocação ocorre antes que os investigados prestem depoimentos individuais, o que pode comprometer a investigação.

A acareação é prevista para esclarecer divergências em versões apresentadas por testemunhas e investigados, mas juristas alertam que sua realização agora pode acabar prejudicando a apuração. A Procuradoria-Geral da República já manifestou preocupação, considerando a audiência inadequada, dado que não há dados suficientes sobre a liquidação do Banco Master, que ocorreu em novembro. Especialistas temem que a ação de Toffoli possa permitir a manipulação de narrativas antes da coleta de informações fundamentais.

As implicações da convocação de Toffoli são complexas e podem gerar um clima de tensão entre os envolvidos. A decisão do ministro pode ser vista como um desafio à autonomia do Banco Central, o que pode resultar em consequências jurídicas e administrativas. Apesar de muitos acreditarem que a acareação não terá efeitos significativos, a estratégia de Toffoli levanta preocupações sobre a integridade do processo e a possibilidade de reavaliação da liquidação do banco, caso surjam alegações de irregularidades graves.

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