O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, agendou para os dias 24 e 25 de fevereiro de 2026 o julgamento da ação penal nº 2434, que envolve os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. A vereadora, morta a tiros em março de 2018 junto com seu motorista, Anderson Gomes, teve seu caso destacado por sua conexão com a luta contra a violência e a corrupção no Rio de Janeiro.
Após anos de investigações sem avanços significativos, a Polícia Federal assumiu o caso e identificou os irmãos Brazão como mandantes do crime, que teria sido motivado por sua atuação em áreas controladas por milícias. Rivaldo Barbosa, na época delegado-geral, é acusado de obstruir as investigações, favorecendo os réus. Além deles, outros envolvidos, como um major da Polícia Militar e um ex-assessor, também são réus no processo.
O julgamento representa um passo significativo na busca por justiça em um caso que mobilizou a sociedade e levantou questões sobre a violência da milícia no Rio. A expectativa é que a decisão do STF não apenas traga clareza sobre os responsáveis pelo crime, mas também provoque um debate mais amplo sobre segurança pública e corrupção no Brasil. Com a presença de figuras proeminentes na Primeira Turma do STF, o desfecho pode ter repercussões significativas para o sistema de justiça no país.