O JPMorgan rebaixou a recomendação das ações do Grupo Mateus de neutro para venda, citando dificuldades previstas para o crescimento da receita em 2026. O rebaixamento ocorre em um contexto de queda de 21% nos preços das ações acumulados até 2025, refletindo previsões desafiadoras para o setor de varejo de alimentos. A equipe de análise do banco destaca que a deterioração nas vendas e a migração dos consumidores para produtos mais acessíveis complicam ainda mais o panorama econômico para a empresa.
Além disso, a análise aponta que os problemas de governança corporativa, exacerbados por erros contábeis significativos, devem afastar potenciais investidores. O Grupo Mateus enfrentou um erro de R$ 1,1 bilhão em estoques, o que levantou preocupações sobre a eficácia de seus controles internos. Os analistas também revisaram para baixo suas previsões de lucro e vendas, citando um cenário macroeconômico desfavorável e uma esperada desaceleração na inflação de alimentos que deve impactar negativamente a receita da empresa.
As implicações desse rebaixamento são significativas, pois os analistas do JPMorgan preveem um ambiente desafiador para o crescimento das vendas, especialmente com a possível negatividade nas vendas nas mesmas lojas no primeiro semestre de 2026. Enquanto o Grupo Mateus tenta implementar melhorias operacionais, as incertezas relacionadas à sua governança e aos controles financeiros podem limitar sua capacidade de recuperação. Com a expectativa de que a inflação de alimentos permaneça baixa, as perspectivas de expansão das margens se tornam ainda mais sombrias, colocando a empresa em uma posição vulnerável no mercado.

