O JPMorgan decidiu manter uma recomendação neutra para o real em relação ao dólar, citando a crescente incerteza política com as eleições de 2026. A instituição financeira optou por uma abordagem de ‘market weight’, o que implica em uma exposição ao nível do mercado, ao invés de posições mais agressivas. Essa decisão foi tomada em um cenário onde a volatilidade e os ruídos políticos têm impactado o desempenho da moeda brasileira.
Os analistas do banco destacam que o carry trade do real está sendo reavaliado e sugerem uma exposição de menor volatilidade através de opções. O desempenho do real, que desvalorizou cerca de 3% após o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a Flávio Bolsonaro, revela a vulnerabilidade da moeda a eventos políticos. Além disso, as mudanças planejadas na tributação de dividendos em 2026 podem introduzir novas variáveis no já complicado cenário econômico.
Por fim, embora o JPMorgan preveja episódios contínuos de volatilidade, analistas acreditam que a relação risco-recompensa favorece a adoção de posições compradas em taxas de juros atuais. Eles indicam que a expectativa de redução de juros pode variar entre 3% a 4,6%, contrastando com as previsões de 2,5% do mercado. Com isso, o banco se prepara para um 2026 marcado por incertezas, mas com um planejamento cauteloso para mitigar riscos.