O JPMorgan revelou que a valorização do Ibovespa, que deve fechar 2025 em níveis recordes, é impulsionada principalmente pelos ETFs. No entanto, o banco observa que o fluxo estrangeiro de aproximadamente R$ 20 bilhões não justifica sozinho a alta de 32% do índice, já que o movimento de saída no ano anterior foi de R$ 32,1 bilhões. Essa discrepância gerou discussões entre analistas sobre as reais causas do crescimento do mercado brasileiro.
O relatório do JPMorgan destaca que os fatores que sustentaram o desempenho do Ibovespa incluem a recompra de ações e o reinvestimento de dividendos. Além disso, o relatório menciona que os fluxos de ETFs se tornaram cruciais para o mercado emergente, com o Brasil respondendo por uma parte significativa dos US$ 82 bilhões atraídos por esses fundos em 2025. As analistas da instituição enfatizam que os ETFs continuarão a ser fundamentais para o desempenho do mercado nos próximos anos.
Para 2026, o banco expressa otimismo quanto ao fluxo de investimentos em mercados emergentes, prevendo um impacto positivo da queda na Selic sobre as ações. Contudo, o JPMorgan alerta sobre os riscos de volatilidade relacionados ao ciclo eleitoral, que podem afetar o ambiente de investimentos. A análise sugere que, enquanto os ETFs desempenham um papel crescente, a instabilidade política pode criar incertezas para os investidores no ano que vem.