Gerson de Melo Machado, um jovem de dezenove anos, morreu ao invadir a jaula de uma leoa em um parque zoobotânico em João Pessoa, Paraíba, no último domingo. O incidente resultou em ferimentos fatais no pescoço, conforme indicou a perícia. Gerson, que tinha um histórico de transtornos mentais, escalou uma parede de seis metros e atravessou as grades de segurança do recinto, enquanto o parque estava em funcionamento.
A morte de Gerson expõe a vulnerabilidade de pessoas com transtornos mentais e a dificuldade do poder público em proporcionar tratamento adequado. Desde os dez anos, ele era atendido por uma conselheira tutelar, que relatou a falta de suporte que o jovem enfrentou ao longo da vida. Com dezesseis passagens pela polícia, a maioria por pequenos furtos, sua vida foi marcada por abandonos e dificuldades familiares, culminando em uma tragédia anunciada.
A Prefeitura de João Pessoa lamentou o ocorrido e anunciou que o parque permanecerá fechado até a conclusão das investigações. A leoa envolvida no incidente, chamada Leona, está recebendo acompanhamento e não será sacrificada, de acordo com a equipe técnica do parque. Este caso destaca a necessidade urgente de um sistema mais eficaz de apoio a indivíduos em situações semelhantes, a fim de prevenir tragédias futuras.