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Joesley Batista busca renúncia de Maduro em viagem secreta à Venezuela

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

Na semana passada, Joesley Batista, coproprietário do grupo J&F, viajou a Caracas com a intenção de persuadir o presidente Nicolás Maduro a renunciar ao cargo. O empresário brasileiro se reuniu com Maduro em 23 de novembro, poucos dias após Trump ter pressionado o líder venezuelano a considerar sua saída, visando uma transição negociada de poder. A missão de Joesley foi realizada de forma independente, embora autoridades dos EUA estivessem cientes da viagem, sem que ele atuasse como representante oficial do governo americano.

A viagem de Joesley ocorreu em um clima de crescente tensão, à medida que os Estados Unidos intensificaram as acusações contra o regime de Maduro, incluindo alegações de narcotráfico e fraudes eleitorais. Joesley, que já possui laços com o governo venezuelano, se juntou a outros mediadores informais, buscando alternativas para evitar um conflito direto na região. Embora tenha havido otimismo em alguns círculos diplomáticos, o secretário de Estado dos EUA expressou ceticismo quanto à possibilidade de um acordo com Maduro, dada a falta de cumprimento de compromissos anteriores por parte do líder venezuelano.

A presença de Joesley na Venezuela destaca sua posição peculiar como alguém que mantém relações tanto com o governo dos EUA quanto com o regime de Maduro. Seus vínculos na região incluem um contrato significativo de fornecimento de carne com o governo venezuelano, além de suas controvérsias passadas que o tornaram uma figura conhecida. A visita ocorreu em um momento crítico, com os EUA designando, logo após o encontro, o Cartel de los Soles como uma organização terrorista, evidenciando a continuidade da pressão internacional sobre Maduro.

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