Quase 15 anos após o desastre de Fukushima, o Japão deu um passo importante na reativação da usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo. A assembleia da província de Niigata aprovou, nesta segunda-feira (22), um voto de confiança no governador Hideyo Hanazumi, que removeu o último entrave político para que a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) possa reiniciar suas operações.
Localizada na região costeira de Niigata, a usina permaneceu inativa desde 2011, quando um terremoto e tsunami causaram o colapso da usina de Fukushima Daiichi. Desde então, o Japão tem buscado retomar sua capacidade nuclear, com 14 dos 33 reatores já operacionais. A reativação de Kashiwazaki-Kariwa é vista como uma estratégia para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e melhorar a segurança energética do país.
A decisão de reativar a usina enfrenta resistência da população local, que tem se manifestado contra a retomada das operações. Apesar dos protestos, a TEPCO afirma ter adotado medidas de segurança adequadas e planeja reiniciar um de seus reatores em janeiro. O governo japonês espera que essa reativação ajude a elevar a oferta de eletricidade na região de Tóquio e atenda à crescente demanda por energia nos próximos anos.

