O governo japonês denunciou, neste domingo (7), que a China direcionou radares de controle de tiro contra aeronaves das Forças de Autodefesa, em dois episódios ocorridos nas proximidades das ilhas de Okinawa. A primeira-ministra, Sanae Takaichi, afirmou que a atitude de Pequim ultrapassa os limites necessários para a segurança de voo, caracterizando um risco à integridade das tripulações japonesas. Em resposta, o Japão emitiu um protesto formal à China.
O ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, declarou que o país reagirá de maneira firme, em coordenação com seus aliados. A China, por sua vez, refutou as alegações, afirmando que foram os aviões japoneses que se aproximaram de maneira provocativa durante um treinamento militar. O coronel Wang Xuemeng, porta-voz da Marinha chinesa, acusou o Japão de difamar as operações de Pequim e afirmou que a China tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses.
Esses incidentes ocorrem em um contexto de crescente tensão entre Japão e China, exacerbada por disputas sobre Taiwan e a intensificação das atividades militares chinesas no Leste Asiático. Analistas alertam que a presença de mais de 100 navios chineses na região aumenta o risco de erros de cálculo e colisões diplomáticas, tornando a situação ainda mais delicada em uma das áreas mais sensíveis do Indo-Pacífico.

