Em 9 de dezembro, representantes do Conselho Geral dos Italianos no Exterior (Cgie) na América Latina solicitaram alterações na recente reforma de cidadania aprovada pelo governo da premiê Giorgia Meloni. As novas regras, que entraram em vigor neste ano, restringem a cidadania por direito de sangue, aplicando-se apenas a filhos ou netos de cidadãos nascidos na Itália, desde que o antepassado tenha cidadania exclusivamente italiana.
A Comissão da América Latina do Cgie expressou preocupações sobre como as novas normas tornaram mais rigorosas as condições para o reconhecimento da cidadania, afetando principalmente os ítalo-descendentes. Em uma reunião realizada em Curitiba, os representantes afirmaram que a reforma contraria o princípio de igualdade garantido pela Constituição italiana e limita o direito de transmitir a identidade cultural às futuras gerações.
A comissão concluiu seu comunicado pedindo correções na legislação e instou os parlamentares italianos no exterior a trabalhar por uma solução normativa que beneficie todos os ítalo-descendentes. A situação levanta questões importantes sobre identidade e cidadania no contexto das comunidades italianas fora da Itália, refletindo um debate mais amplo sobre direitos e inclusão.

