Na quarta-feira, 3, Israel anunciou a iminente reabertura da passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, destinada a permitir que palestinos em busca de atendimento médico deixem o enclave. A medida será coordenada com o governo egípcio e supervisionada pela União Europeia, seguindo protocolos estabelecidos durante o cessar-fogo anterior. A data exata para a reabertura ainda não foi divulgada.
Até o início do conflito em outubro de 2023, Rafah era a única saída direta para a população de Gaza que não estava sob controle israelense. O posto foi fechado por tropas israelenses em maio de 2024, e a decisão de reabri-lo segue a pressão política e humanitária em meio a um cenário de crise. Dados da ONU indicam que pelo menos 16.500 palestinos necessitam de cuidados médicos fora de Gaza, ressaltando a urgência da situação.
A reabertura da passagem pode ter implicações significativas para o atendimento humanitário em Gaza, onde a situação tem se deteriorado rapidamente. Com mais de 70 mil mortos desde o início do conflito e um colapso do sistema de saúde local, a medida pode oferecer um alívio temporário. Entretanto, a continuidade do bloqueio e os desafios políticos ainda pairam sobre a região, limitando a eficácia das ações humanitárias.