O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) de Goiânia terá um reajuste de 4,46% em 2026, conforme anunciado pela prefeitura. Os contribuintes poderão optar pelo pagamento em cota única ou parcelado em 11 vezes, com início previsto para 20 de fevereiro. A correção será baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 18 de dezembro de 2025.
Embora o aumento esteja abaixo das expectativas do mercado, especialistas expressam preocupação com os impactos que essa elevação pode ter no orçamento das famílias goianas e na arrecadação municipal. A economista Greice Guerra destaca que qualquer aumento de imposto pode pressionar os preços e comprometer o planejamento orçamentário da população, especialmente em um período já marcado por outros tributos, como o IPVA. Além disso, ela alerta que a alta taxa de endividamento da população pode agravar ainda mais a situação financeira dos contribuintes.
A prefeitura de Goiânia prevê arrecadar cerca de R$ 1,28 bilhão em 2025 com o IPTU, e espera um incremento de aproximadamente R$ 64 milhões em 2026 devido a esse reajuste. Contudo, os especialistas ponderam que o aumento da inadimplência pode inviabilizar essas projeções, uma vez que muitos contribuintes podem não conseguir honrar suas obrigações tributárias. Assim, o desafio da administração municipal será encontrar um equilíbrio entre a necessidade de arrecadação e a real capacidade de pagamento dos cidadãos.

