Investimentos em prisões no Caribe geram preocupações sobre reforma da justiça

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

Recentes investimentos em prisões no Caribe e na América Latina, financiados por países como os Estados Unidos e a União Europeia, estão sendo criticados por desviar recursos de abordagens mais eficazes para a segurança pública. Exemplos incluem a construção de mega-prisões em El Salvador e novas instalações em países como Jamaica e Trinidad. Esses projetos são vistos como soluções simplistas para problemas complexos relacionados ao crime e à desigualdade social.

As condições nas prisões existentes são alarmantes, com superlotação e falta de serviços básicos, como educação e reabilitação. Muitos detentos, que ainda não foram condenados, enfrentam longos períodos de detenção pré-julgamento, exacerbando a crise do sistema de justiça. A construção de novas prisões, em vez de abordar as causas raízes do crime, como a exclusão social, representa uma abordagem míope e ineficaz da justiça.

Especialistas defendem a necessidade de uma reforma abrangente que priorize programas de justiça restaurativa e serviços sociais em vez de mais celas. A experiência da Jamaica com o Programa Nacional de Justiça Restaurativa exemplifica como soluções alternativas podem reduzir a reincidência e promover a coesão social. O foco deve estar na prevenção do crime por meio da inclusão, e não da exclusão, para criar comunidades mais seguras e justas.

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