Um novo modelo de inteligência artificial desenvolvido por pesquisadores da Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha, promete prever o risco de câncer de mama com cinco anos de antecedência, analisando mamografias. A técnica, que se destaca por identificar casos que não são detectados por exames tradicionais, pode ser crucial para a saúde de muitas mulheres. O estudo revelou que mulheres com pontuação alta no algoritmo apresentaram uma incidência significativamente maior da doença em comparação àquelas com risco considerado normal.
A médica Christiane Kuhl, autora principal da pesquisa, destaca que muitos tumores agressivos não são visíveis nas mamografias convencionais. Com a IA, é possível calcular o risco de desenvolver câncer de mama com precisão, sem depender de informações como histórico familiar ou estilo de vida. A proposta inclui um rastreamento individualizado, permitindo que mulheres com tecido mamário denso sejam avaliadas com mais rigor, utilizando ressonâncias magnéticas quando necessário.
As implicações dessa tecnologia são significativas, pois podem transformar a abordagem do rastreamento do câncer de mama, especialmente entre mulheres mais jovens, que apresentam maior risco de tumores agressivos. A IA pode, em questão de segundos, decidir se um exame adicional é necessário, o que poderia reduzir diagnósticos tardios e salvar vidas. Essa inovação representa um avanço importante nas estratégias de detecção precoce da doença, prometendo um futuro mais seguro para a saúde das mulheres.


