A inteligência artificial (IA) está revolucionando a reprodução assistida, oferecendo novas possibilidades para aumentar a precisão dos tratamentos. Durante o Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, realizado em outubro em São Paulo, especialistas, como José Pedro Parise Filho, destacaram os avanços significativos na aplicação da IA na fertilização in vitro (FIV) nos últimos cinco anos.
As ferramentas de IA são utilizadas em diversas etapas do processo de FIV, desde a triagem de casais até a análise de gametas e embriões. Embora essas tecnologias possam melhorar a padronização das avaliações e reduzir a variabilidade nas decisões clínicas, ainda há um debate sobre a necessidade de validação científica para comprovar seu impacto nas taxas de sucesso. Além disso, custos elevados para a implementação dessas ferramentas podem limitar seu uso em clínicas de reprodução assistida.
Para o futuro, a integração de dados clínicos e genéticos com a IA promete transformar a medicina de reprodução assistida, permitindo tratamentos personalizados e mais eficazes. Contudo, desafios éticos e a necessidade de transparência com os pacientes permanecem como questões importantes a serem abordadas pela comunidade médica. A adoção responsável da IA pode ajudar a melhorar a experiência dos pacientes, mas requer cuidadosa supervisão e validação contínua.

