Na última terça-feira (2), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou a suspensão do recebimento de novos registros de crédito consignado do Agibank, em decorrência de uma auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU). A investigação revelou uma série de irregularidades, incluindo a assinatura de contratos sem o consentimento dos clientes, e irregularidades com beneficiários falecidos, demonstrando práticas prejudiciais aos usuários do sistema.
Durante a auditoria, foram identificados 1.192 contratos de empréstimos consignados firmados após a morte dos beneficiários, além de casos de refinanciamento não solicitado. A CGU também encontrou mais de 30 mil contratos com taxas de juros abaixo do limite estabelecido, indicando possíveis tentativas de encobrir irregularidades. Essas descobertas levaram à suspensão das operações de consignado pelo banco até que a situação seja esclarecida.
As implicações da suspensão são significativas para o Agibank, que agora se vê impossibilitado de registrar novos consignados. O caso foi encaminhado à Polícia Federal e à Corregedoria do INSS, o que pode resultar em ações legais adicionais contra a fintech. A continuidade das operações da instituição financeira dependerá do desfecho das investigações em curso, que visam garantir a proteção dos direitos dos beneficiários do INSS.