A inflação na Venezuela disparou para 556% nos 12 meses até 17 de dezembro de 2025, um aumento significativo em relação aos 219% registrados no final de junho. Essa escalada ocorre paralelamente às crescentes sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visa isolar financeiramente o regime de Nicolás Maduro. Os dados foram compilados por um índice semanal da Bloomberg, que se tornou a principal referência em um país que não divulga estatísticas oficiais há anos.
A situação econômica da Venezuela tem se deteriorado rapidamente, com milhões de cidadãos enfrentando uma crise sem precedentes. A inflação, embora ainda considerada alta, é apenas um aspecto do colapso econômico, que já levou muitos a buscar alternativas, como o pagamento em dólares, para manter seu poder de compra. Estima-se que cerca de 90% dos trabalhadores do setor privado estão recebendo salários em dólares, enquanto aqueles que dependem do bolívar enfrentam uma situação financeira cada vez mais difícil.
Os desdobramentos da pressão americana devem exacerbar ainda mais a crise, especialmente com o bloqueio de petroleiros que entrou em vigor. Com a economia venezuelana já fragilizada, a proibição das exportações de petróleo, uma das principais fontes de receita do governo, poderá resultar em um impacto devastador. O futuro da população venezuelana é incerto, e as consequências sociais e políticas desse cenário continuam a se desdobrar.

