Inflação na China atinge pico, mas deflação persiste em fábricas

Camila Pires
Tempo: 2 min.

Em 10 de dezembro de 2025, a inflação anual ao consumidor na China subiu para 0,7%, atingindo o maior nível em 21 meses. Esse aumento, impulsionado pela alta nos preços dos alimentos, ocorre em um contexto em que a economia do país se aproxima da meta de crescimento de ‘cerca de 5%’ estabelecida por Pequim. Contudo, a deflação nas fábricas se aprofunda, indicando uma fragilidade persistente na demanda interna.

Os dados recentes do Escritório Nacional de Estatísticas revelam que os preços dos alimentos, que haviam caído anteriormente, agora subiram 0,2% em relação ao ano anterior. Apesar do crescimento na inflação ao consumidor, o núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustíveis, manteve-se em 1,2%, sugerindo que os fatores voláteis não estão contribuindo para uma recuperação econômica robusta. A deflação, que já dura três anos, continua a impactar a segunda maior economia do mundo negativamente.

Analistas destacam que, apesar de sinais de aquecimento na economia, as pressões deflacionárias permanecem profundas. Com os fabricantes reduzindo preços para lidar com o excesso de oferta, o governo pode precisar intensificar as medidas de estímulo para reverter a tendência de demanda fraca. Assim, o futuro econômico da China dependerá de uma resposta eficaz às tensões deflacionárias e ao fortalecimento da demanda interna.

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