As projeções para a inflação no Brasil em 2026 indicam um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em torno de 4,2%, conforme relatórios de instituições financeiras. O cenário é marcado pelo fim do alívio nos preços dos alimentos e por um mercado de trabalho aquecido, gerando dificuldades na convergência para a meta inflacionária. As estimativas variam entre 4% e 4,6%, sinalizando uma inflação menor que a de 2025, mas ainda preocupante.
Especialistas, como economistas do Itaú Unibanco e da XP Investimentos, destacam que a pressão sobre os preços será influenciada principalmente pelo aumento moderado no custo dos alimentos e pela inflação persistente no setor de serviços. A previsão é que a inflação de alimentos suba significativamente, especialmente em função de um ciclo de alta nas proteínas e possíveis impactos climáticos. Além disso, a inflação de serviços permanece elevada devido ao quase pleno emprego no país, criando pressões contínuas sobre a economia.
Os riscos fiscais relacionados aos gastos públicos são uma preocupação crescente, com especialistas alertando para a possibilidade de um ciclo vicioso de endividamento. O aumento do salário mínimo e programas governamentais podem impulsionar a demanda, exacerbando a pressão inflacionária. Com isso, a necessidade de reformas fiscais se torna urgente para evitar maiores impactos negativos sobre a inflação e a confiança do mercado.

