Nesta terça-feira (16), povos indígenas de diversas regiões do Brasil realizaram mobilizações contra o marco temporal, uma tese jurídica que limita os direitos territoriais indígenas a 1988, ano da promulgação da Constituição. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) organizou atos em Brasília, rodovias e redes sociais, enfatizando que essa proposta representa um retrocesso para os direitos dos povos originários e para a preservação ambiental.
As manifestações foram acompanhadas por declarações de líderes indígenas, que ressaltaram a importância da luta contra essa proposta, que consideram um ataque não apenas aos seus direitos, mas à dignidade e ao futuro do Brasil. O coordenador da Apib, Dinamam Tuxá, defendeu que enfraquecer os direitos territoriais indígenas compromete a capacidade do país em lidar com crises ambientais e sociais.
Com o julgamento do marco temporal em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), os indígenas expressam preocupações sobre as consequências que a aprovação da tese pode trazer, como aumento da violência e da exploração de seus territórios. À medida que o debate avança, a mobilização permanece intensa, refletindo a determinação dos povos originários em proteger suas terras e modos de vida.