O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o ano de 2025 com uma queda acumulada de 1,05%, refletindo uma deflação inesperada no contexto econômico. Em dezembro, o índice apresentou uma leve queda de 0,01%, após uma alta de 0,27% em novembro, indicando uma mudança significativa no cenário inflacionário. O fator principal para essa redução foi a queda de 3,35% nos preços ao produtor ao longo do ano, conforme relatado pelo FGV/Ibre.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede as variações de preços no atacado, também teve um desempenho negativo, com uma redução de 0,12% em dezembro. Entre os diferentes estágios de processamento, os Bens Finais apresentaram aumento de apenas 0,07%, enquanto matérias-primas brutas sofreram uma queda de 0,30%. Este cenário reflete uma combinação de desaceleração econômica global e melhorias nas safras agrícolas, que aliviaram a pressão sobre os preços.
Os desdobramentos deste cenário econômico sugerem um ambiente de inflação heterogênea, com pressões moderadas ainda presentes em serviços e habitação. O economista Matheus Dias apontou que, apesar da deflação no IGP-M, os preços ao consumidor continuam a mostrar uma alta moderada. Para 2026, espera-se um contexto de menor pressão de custos, mas com riscos associados a itens sensíveis à atividade econômica.

