O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou praticamente estável em novembro, com uma variação de apenas 0,01%. Essa cifra, divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), surpreendeu analistas, que projetavam uma alta de 0,18%. O resultado se deu após uma leve queda de 0,03% no mês anterior e reflete uma acumulação negativa de 0,44% nos últimos doze meses.
Os dados indicam que o aumento nos preços das passagens aéreas e a pressão nos custos de habitação foram os principais responsáveis pela estabilidade do índice. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que compõe o IGP-DI, registrou uma aceleração de 0,28% em novembro, impulsionado principalmente pelos setores de habitação e recreação. Em contrapartida, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) apresentou uma leve queda, o que contribuiu para o cenário misto observado no indicador geral.
As implicações desse resultado são significativas para a economia brasileira, especialmente em um momento em que as expectativas de inflação são monitoradas de perto. A estabilidade do IGP-DI pode influenciar as decisões de política monetária do Banco Central, impactando taxas de juros e investimentos. Além disso, a variação reflete a complexidade do cenário econômico, onde fatores globais e locais interagem para moldar as expectativas dos consumidores e investidores.


