Em 2024, o Brasil atingiu um marco significativo ao registrar 8,3 milhões de trabalhadores com 60 anos ou mais, representando 24,4% desse grupo etário. Este dado, revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o mais alto desde o início das pesquisas sobre o tema, em 2012, e reflete uma tendência crescente na participação dos idosos no mercado de trabalho.
O aumento da expectativa de vida, que chegou a 76,6 anos, e a reforma da Previdência, aprovada em 2019, são considerados fatores cruciais para esse aumento na ocupação. A taxa de desocupação entre os idosos foi de apenas 2,9% em 2024, a menor já registrada, contrastando com a taxa de desemprego geral de 6,6%. Além disso, a maioria dos idosos que trabalham o faz como autônomos ou empregadores, o que indica uma mudança na dinâmica do trabalho nessa faixa etária.
As implicações desse cenário são amplas, sugerindo que os idosos estão se adaptando a novas realidades econômicas e sociais. Embora os rendimentos médios dos idosos sejam superiores aos da população total, a formalização do trabalho ainda é um desafio, com apenas 44,3% contribuindo para a previdência social. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas que atendam às especificidades desse grupo etário em crescimento no Brasil.

