O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, recuou 1,22% nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, marcando uma pausa após quatro dias de altas. A queda é atribuída à falta de sinalizações do Banco Central sobre cortes na taxa Selic e à divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, que mostraram a criação de 64 mil postos de trabalho, superando as expectativas. O volume financeiro do pregão atingiu R$4,38 bilhões até o horário do reportado.
O Copom decidiu manter a Selic em 15% e, em sua ata, informou que a condução cautelosa da política monetária contribui para a redução da inflação. Economistas, como os do Bradesco, interpretaram a ata como um sinal de confiança na estratégia do Banco Central, embora não se esperem cortes imediatos nas taxas de juros. O Goldman Sachs, por outro lado, acredita que a primeira redução da Selic deve acontecer apenas em março de 2026, dependendo de melhorias nos dados macroeconômicos.
Os desdobramentos dessa situação incluem a expectativa de novos ajustes no mercado financeiro, especialmente com as movimentações dos bancos e a influência dos dados econômicos internacionais. As ações de instituições financeiras, como Itaú e Bradesco, caíram, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico. A possibilidade de um ciclo de cortes na Selic em janeiro, embora remota, ainda permanece no radar dos analistas, que continuarão monitorando as condições do mercado.

