O Ibovespa, índice que mede o desempenho das ações na B3, registrou uma queda significativa de 2,40% no pregão de terça-feira, 16 de dezembro, fechando a cerca de 158,5 mil pontos. Essa desvalorização veio em resposta à ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que confirmou a manutenção da taxa Selic em 15% e afastou a possibilidade de cortes na taxa em janeiro. O dólar também se valorizou, sendo cotado a R$ 5,50, acentuando a pressão sobre o mercado doméstico.
Os investidores reagiram de forma negativa ao tom cauteloso da ata do Copom, que reforçou o compromisso do Banco Central em controlar a inflação. A repetição do termo “bastante prolongado” na ata foi interpretada como um sinal claro de que o ciclo de cortes de juros não deve ocorrer tão cedo. Especialistas em investimentos, como Leonardo Santana, apontam que essa mudança nas expectativas teve um impacto significativo sobre os ativos financeiros, especialmente os de maior peso no índice.
Além das ações de bancos, que sofreram perdas expressivas, a Petrobras também teve uma desvalorização de cerca de 3%. O cenário internacional adicionou uma camada de complexidade, com a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos indicando a criação de 64 mil vagas em novembro, superando as expectativas. A combinação de fatores locais e globais sugere um ambiente desafiador para os investidores brasileiros nos próximos meses.