O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em 2024, 12 milhões de trabalhadores no Brasil se encontravam em situação de pobreza, enquanto 585 mil eram classificados como extremamente pobres. Os dados foram apresentados na Síntese dos Indicadores Sociais divulgada em 3 de dezembro de 2025, evidenciando que, apesar de um mercado de trabalho aquecido, a pobreza ainda é uma realidade para uma parcela significativa da população.
A pobreza extrema é definida por uma renda familiar per capita inferior a US$ 2,15 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 218 mensais em 2024. Embora a proporção de trabalhadores pobres tenha diminuído, 11,9% dos ocupados ainda se encontram nessa condição, com índices alarmantes entre aqueles que buscam emprego. O estudo do IBGE destaca a relação entre a vulnerabilidade dos postos de trabalho e a persistência da pobreza, especialmente em setores como agropecuária e serviços domésticos.
Com a análise regional, o Nordeste apresentou a maior taxa de pobreza entre trabalhadores ocupados, atingindo 24%. A situação é preocupante, pois trabalhadores com menor nível de instrução são os mais afetados. Esses dados apontam para a necessidade de políticas públicas que fortaleçam o acesso à educação e melhorem as condições de trabalho, visando a redução da pobreza no Brasil.