Huthis detêm dez funcionários da ONU em nova operação no Iêmen

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

Na quinta-feira (18), os huthis, grupo rebelde no Iêmen, prenderam dez funcionários locais das Nações Unidas em Sanaa. Esta ação representa um aumento nas detenções arbitrárias de membros da ONU, que há anos enfrentam perseguições por parte dos rebeldes. De acordo com a ONU, as detenções foram motivadas por acusações de espionagem que, no contexto iemenita, podem levar à pena de morte.

Nos últimos anos, os huthis têm intensificado suas prisões de funcionários da ONU, especialmente após os recentes conflitos em Gaza, que elevaram a tensão na região. O porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, confirmou que o número total de detenções de funcionários da ONU pelos huthis agora é de 69. Ele também destacou que todos os detidos são cidadãos iemenitas, o que levanta questões sobre a segurança dos trabalhadores humanitários no país.

Essa situação ocorre em um contexto de crise humanitária no Iêmen, que já enfrenta uma década de guerra civil. As ações dos huthis têm gerado preocupações internacionais, especialmente com a utilização do sistema judicial para perseguir ONGs e opositores. O secretário-geral da ONU, António Guterres, já denunciou a arbitrária detenção de funcionários, ressaltando a gravidade do impacto sobre a ajuda humanitária no país.

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