O Tribunal Superior de Hong Kong declarou culpado o magnata e ativista Jimmy Lai, de 78 anos, em um julgamento histórico datado de 15 de dezembro de 2025. Ele foi condenado por conspiração para colaborar com forças estrangeiras, uma acusação que poderá levá-lo à prisão perpétua sob a lei de segurança nacional imposta pela China, ferramenta utilizada em meio a uma repressão generalizada aos direitos civis na região.
O caso de Lai atraiu atenção internacional, destacando preocupações sobre a independência do sistema judicial em Hong Kong, especialmente após os protestos pró-democracia de 2019. Com suas raízes em um contexto de crescente controle da China sobre a cidade, o julgamento reflete a polarização entre aqueles que o veem como um defensor da liberdade e o governo chinês, que o considera um conspirador.
Com uma audiência de pré-sentença agendada para 12 de janeiro, a situação de Lai continua a suscitar debates sobre a liberdade de expressão e o futuro da democracia em Hong Kong. As autoridades locais, incluindo o líder da cidade e o chefe da polícia de segurança nacional, elogiaram o veredito, reforçando a narrativa de que a segurança nacional deve prevalecer sobre a dissidência.

