Hong Kong intensifica repressão após incêndio mortal em Tai Po

Patricia Nascimento
Tempo: 1 min.

Em resposta ao incêndio devastador no complexo residencial Wang Fuk Court, que matou pelo menos 159 pessoas em 26 de novembro de 2025, o governo de Hong Kong adotou uma postura rigorosa contra manifestações de descontentamento. A repressão se direciona não apenas aos responsáveis diretos pelo desastre, mas também a indivíduos que expressam críticas ao governo, sob a justificativa de manter a segurança nacional.

A situação gerou preocupações entre defensores dos direitos humanos, que apontam que a resposta do governo pode sufocar a liberdade de expressão e a sociedade civil. Autoridades locais têm alegado que forças externas tentam incitar divisões sociais, enquanto várias pessoas, incluindo um estudante universitário e um ex-oficial eleito, foram detidas sob acusações de sedição por tentarem organizar respostas ao incêndio e exigir transparência nas investigações.

O ambiente atual reflete a ansiedade do governo de Hong Kong em evitar que a insatisfação popular evolua para protestos em grande escala, como os de 2019. Especialistas afirmam que a situação pode ser uma forma de tentar controlar uma crise interna, utilizando legislações de segurança nacional para silenciar críticas e manter a ordem pública.

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