O procurador-geral de Honduras, Johel Zelaya, anunciou nesta segunda-feira (08/12) que solicitou à Interpol a execução de um mandado de prisão contra Juan Orlando Hernández. O ex-presidente, que havia sido condenado por envolvimento no tráfico de drogas, foi indultado pelo ex-presidente americano Donald Trump na semana passada, gerando controvérsia no país. Hernández havia cumprido parte de sua pena nos Estados Unidos antes de ser libertado no dia 1º de dezembro.
Zelaya comunicou ao público hondurenho que instruiu a Agência Técnica de Investigação Criminal (Atic) a colaborar com agências de segurança nacional e internacionais para garantir a captura do ex-governante. A situação de Hernández, que saiu do cargo em 2022, é complexa, pois ele agora enfrenta um pedido de extradição dos EUA. O contexto eleitoral em Honduras, onde as contagens de votos estão em andamento, adiciona uma camada de incerteza a este caso, que pode influenciar o futuro político do país.
A libertação de Hernández ocorre em um momento crítico, com a eleição presidencial em andamento e seu possível retorno à política. A candidatura de Nasry Asfura, apoiada por Trump, poderá alterar as dinâmicas políticas e sociais em Honduras, especialmente considerando as alegações de corrupção que cercam o ex-presidente. Com o país dividido entre nostalgia e repulsa em relação ao seu passado, as implicações do indulto se estendem além do âmbito judicial e podem afetar a estabilidade política de Honduras.

