Os candidatos de direita à presidência de Honduras, o empresário Nasry Asfura, apoiado por Donald Trump, e o apresentador de TV Salvador Nasralla, estão tecnicamente empatados na contagem de votos, conforme anunciou o Conselho Nacional Eleitoral nesta segunda-feira (1º). A eleição de domingo representa um desafio significativo para a atual presidente Xiomara Castro, que lidera um governo de esquerda em um dos países mais pobres e violentos da América Latina.
A apuração inicial indicava que Asfura, do Partido Nacional, tinha 39,91% dos votos, enquanto Nasralla, do Partido Liberal, obteve 39,89%, com apenas 57% das atas de votação contabilizadas. A polarização entre os candidatos é acentuada por um histórico de fraudes eleitorais em Honduras, onde os eleitores enfrentam a difícil escolha entre a continuidade de uma administração de esquerda ou um retorno a políticas mais conservadoras, promovidas por figuras como Trump.
O impacto das eleições vai além da política, afetando diretamente a vida dos hondurenhos, que enfrentam altos índices de pobreza e violência. O futuro governo terá o desafio de lidar com questões prementes como a informalidade no emprego, que atinge 70% da população, e a fragilidade das instituições, que são frequentemente influenciadas pelo narcotráfico. O panorama atual sugere que a política hondurenha continuará polarizada, refletindo as divisões profundas na sociedade.

