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Haddad condiciona apoio financeiro aos Correios a plano de recuperação

Camila Pires
Tempo: 2 min.

Nesta quinta-feira (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que qualquer forma de apoio financeiro aos Correios, seja empréstimos ou aportes diretos do Tesouro Nacional, só será considerado após a aprovação de um plano de reestruturação. A estatal enfrenta um rombo significativo de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro, resultado de fatores como perda de competitividade e problemas na gestão. Haddad enfatizou a necessidade de um plano robusto antes de qualquer socorro financeiro.

O Tesouro está avaliando diferentes alternativas para ajudar a empresa, mas qualquer injeção de recursos federais será realizada dentro das regras do arcabouço fiscal. Haddad também mencionou que a atual taxa de juros no Brasil encarece o crédito, o que pode aumentar a necessidade de apoio da União aos Correios. Recentemente, o Tesouro negou um pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado por cinco bancos, que apresentaram condições de juros acima do limite permitido para operações de crédito com garantia do governo.

A recusa do empréstimo evidencia a exigência de um plano consistente de reestruturação como pré-requisito para qualquer ajuda financeira. O Ministério da Fazenda está mantendo uma equipe dedicada para avaliar as opções disponíveis, e a exclusão de R$ 10 bilhões da meta fiscal das estatais no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 foi vista como uma medida preventiva para permitir futuros aportes. A situação dos Correios continua a ser monitorada de perto pelo governo, que busca soluções sustentáveis para a estatal.

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