Na última terça-feira, 16 de dezembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com parlamentares para apresentar cálculos necessários à votação do Projeto de Lei Complementar nº 182/2025, que propõe cortes nos benefícios fiscais. Haddad explicou que a ideia do corte linear partiu do próprio Congresso, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, solicitou subsídios à Fazenda para embasar a decisão.
O projeto, que pode garantir até R$ 20 bilhões ao orçamento de 2026, é considerado prioritário pelo Ministério da Fazenda. Durante a coletiva, Haddad ressaltou que todos os parâmetros foram entregues ao relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, e que a decisão final agora compete ao Congresso, que deve votar a proposta em breve. As simulações apresentadas visam assegurar a coerência da peça orçamentária com as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Haddad também mencionou a inclusão de cenários para a taxação de bets e fintechs, além de ajustes sobre o lucro presumido. A urgência na aprovação do projeto visa garantir que a peça orçamentária de 2026 seja aprovada sem riscos de receitas não contabilizadas, o que poderia comprometer a execução fiscal do governo. Assim, o cenário político em torno da votação se intensifica, refletindo a importância da colaboração entre o Executivo e Legislativo na construção de um orçamento consistente.

