O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro precisará implementar reformas econômicas a partir de 2027 para garantir a sustentabilidade das contas públicas. Em um evento com jornalistas, realizado na quinta-feira (18), ele afirmou que, embora o arcabouço fiscal atual possa passar por aprimoramentos, sua estrutura central deve permanecer inalterada. Haddad também ressaltou que a questão fiscal exigirá atenção contínua de administrações futuras.
Durante a conversa, Haddad detalhou que o objetivo da equipe econômica é estabelecer metas fiscais viáveis e com respaldo técnico. Ele mencionou que, para 2025, a meta é de déficit zero, mas com a possibilidade de um resultado negativo limitado a 0,25% do PIB. O ministro considerou inevitáveis as reformas na trajetória da dívida pública e defendeu a importância de discutir parâmetros para o arcabouço fiscal ao longo do tempo, com adaptações possíveis conforme mudanças de governo.
Haddad também destacou a necessidade de harmonia entre as políticas fiscal e monetária, alertando que uma pode impactar a outra diretamente. Ele afirmou que o diálogo constante com o Banco Central é crucial para evitar descompassos entre essas políticas. Ao se referir à taxa de juros elevada, o ministro enfatizou que a credibilidade fiscal é um processo que deve ser construído ao longo do tempo, e não um problema isolado.