O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo deverá promover reformas econômicas a partir de 2027 para garantir a sustentabilidade financeira do país. Durante um café da manhã com jornalistas, realizado em 18 de dezembro de 2025, ele ressaltou que o arcabouço fiscal atual pode ser aprimorado, mas sua estrutura central deve ser mantida. Haddad afirmou que a questão fiscal continuará a demandar atenção de administrações futuras, independentemente de sua orientação política.
Haddad explicou que as reformas são inevitáveis para a trajetória da dívida pública e que a equipe econômica busca estabelecer metas fiscais viáveis, evitando compromissos que possam ser revistos. Para 2025, a meta é alcançar um déficit zero, e a legislação prevê um superávit em 2026. O ministro acredita que seu sucessor encontrará um cenário fiscal mais positivo do que o que foi herdado em 2023, demonstrando otimismo em relação à gestão fiscal.
O ministro também abordou a necessidade de ajustar parâmetros do arcabouço fiscal ao longo do tempo, permitindo que futuros governos adaptem limites de crescimento das despesas. Ele destacou que a harmonia entre políticas fiscal e monetária é crucial para a economia. Haddad enfatizou que a credibilidade fiscal é um processo contínuo, e a atual taxa de juros elevada não é diretamente atribuída ao arcabouço fiscal, mas a fatores de desancoragem das expectativas do ano anterior.

